Numa noite fria
Num quarto escuro
Tenho apenas a companhia do meu conhaque
E do meu cigarro queimando no cinzeiro
Cinzas espalhadas por todo o quarto
E o amargo da bebida a descer pela minha garganta
Sinto um arrepio na espinha e me pergunto.
O que será isso?
Serão os fantasmas do meu passado
Que vieram me assombrar?
Será o desgosto do presente por saber que não sou oque esperam?
Ou será apenas o medo do futuro?
Não sei nenhuma dessas respostas
Mais ficarei aqui no escuro do meu quarto
No amargo da bebida
Nas cinzas do cigarro
E no desprezo da vida
(Jérferson Sampaio)